31 de maio de 2012

Bullinados por todos (ou o bullinamento professoral)

Nos últimos tempos um assunto virou moda nos principais meios de comunicação: o bulling. Principalmente semana passada quando um garoto australiano, cansado de ser “bullinado” (desculpe o trocadilho), reagiu de forma violenta.
Desculpem-me os psicólogos, especialistas e etcs, mas o que me parece é que estão banalizando tal problema, tudo, para mídia de massa, é caso de bulling, virou mais uma ferramenta “comercial” de um mundo capitlalista (sei que o último argumento pareceu de um velho ativista de esquerda, mas ainda sim é o que parece).
Mas não é para discutir a forma que se está divulgando o bulling que estou escrevendo esta crônica e sim para discutir o que uma parte da mídia ignora em suas notícias, e digo que ignoram não porque não sabem, mas sim porque as excluem simplesmente, que é o “bullinamento” maciço ao professor do estado (e me reduzo a esta categoria, pois é a que conheço).
O “bullinamento” começa do poder público que não valoriza o profissional, não dá condições dignas de trabalho entre outros mil problemas que poderia ser obra de outra crônica. Passa pela opinião pública que, sem conhecer nossas condições de trabalho, nos julga um bando de vagabundos.
Porém, a situação pior é a que mais dói no peito: os alunos. Alguns dizem que a escola precisa se adaptar a esta geração, blábláblá, blábláblá, blábláblá. O que se percebe mesmo é que eles não conhecem limites, não tem noção de respeito e principalmente não temem seu futuro incerto, que o será, pois sem estudo o que farão da vida?
Este texto também faz parte do blábláblá, admito, mas é uma medida quase desesperada a se fazer para uma classe que pede socorro urgente, e principalmente medidas práticas de curtíssimo prazo, pois até quando serão ofendidos, achincalhados, ameaçados, agredidos e mortos, porque muitas escolas os professores sabem que vão entrar, mas não tem certeza se vão sair.
Um beijo do Magro, fui…
ps. Este texto foi escrito e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 31/03/2011. Leia outras crônicas antigas aqui

26 de maio de 2012

Dom Quixote de Los Libros

Andando pelas escolas públicas do Estado de São Paulo, vi um verdadeiro caos em relação à educação: alunos que perderam a noção de respeito, que não tem a menor paciência para aprender – são filhos da pós-modernidade de emoções e necessidades instantâneas; professores desmotivados; pais ausentes; direção sem autonomia – inerte muitas vezes pois algumas atitudes não podem ser tomadas por causa das Leis que superprotegem os alunos (aliás quem vai proteger os professores?); e governantes felizes por ver números positivos recordes na educação (não se esqueçam que somos números e não gente), sem contar que mantêm esta classe suburbana sob plena alienação.
Nesta andança, conheci Antonio Quixano da Silva, professor de Língua Portuguesa há uns 20 anos mais ou menos. Recebeu este nome porque seu pai, ex-professor, era fanático por Cervantes. Ele começou a ministrar aula um ano antes de se formar. Aos poucos foi se desenvolvendo até se tornar um grande professor: era exigente, criativo, enérgico, amigável. Entre os professores virou referência; entre os alunos o melhor; entre os pais o mais confiável – tanto que muitos o procuravam em vez do diretor para resolver problemas com alunos.
.Nunca quis fazer pós-graduação, achava desnecessário já que estudava por conta própria e não acreditava em títulos de honraria. Não havia um assunto que não conhecia pelo menos um pouquinho: até em exatas ele se “virava bem”.
Aulas, tinha poucas. Solteiro sem muitas despesas e ambições sociais, preferia ter poucos alunos para dar uma boa aula. Em relação a isso estava sempre atualizado, lia sempre artigos e livros a respeito de novas didáticas de ensino. Tinha uma opinião sobre os autores:
— Acho legal ler estes teóricos, mas tenho a impressão que alguns autores criam suas teorias atrás de uma mesa cheia de livros de outros países que não tem a mesma cultura que a nossa. Não digo que são totalmente descartáveis, longe de mim dizê-lo, porém o dia-dia está longe do que eles pintam... Aproveito o que me é útil.
Me contou algo interessante. Passava ele no corredor de um dos blocos da escola e ouviu um comentário de uma professora, após as mudanças pedagógicas que ocorreram na metade da década de 1990’; disse, a professora, aos alunos que eles não precisariam mais estudar tendo em vista que não repetiriam mais de ano (referindo-se à Progressão Continuada).
(Aqui vou fazer um grande parêntese nesta crônica para levantar um questionamento. Os tradicionalistas dizem que o caos na educação é de responsabilidade da Progressão Continuada. É, eles têm lá sua razão, mas antes dela a educação era melhor? Acho que não. Aliás nós íamos à escola para aprender ou passar de ano? Vai me dizer que seu pai ou sua mãe nunca te ameaçou de não dar presente no final de ano se não passasse? Se não ameaçou, com certeza conheceu algum amiguinho(a) no qual os pais ameaçavam, não?)
Voltando à Antônio, ele não percebeu as mudanças que iam acontecendo aos poucos; era um sujeito que poderíamos chamar de desligado. Ainda assim sempre que um professor reclamava vinha com palavras otimistas. Sim, ele era um educador de verdade, um entusiasta, não aceitava a desistência e reclamação dos colegas e dizia antes de cada aula:
— Cada dia é uma batalha.
Certo dia quando um aluno lhe respondeu, ele acabou mandando-o para fora da sala. O aluno disse que não ia; então ele pegou o aluno pelo braço e o levou para diretoria. No dia seguinte além de ter que deixá-lo voltar a sua aula sem nenhum tipo de punição ao aluno, recebeu uma advertência verbal do diretor da escola (o diretor tinha metade da experiência dele, mas tinha um título maior). Ele achou um absurdo esta situação, não se conformava com que ocorrera “que mundo nós estamos?” pensava (não sei meu amigo, não sei).
O pior de tudo ainda não contei, uma semana depois ficou sabendo que tinha sido processado pelos pais do menino por agressão, “que agressão?”. É meus amigos, os pais não educam seus filhos direito, jogam a responsabilidade para gente, mas quando somos mais enérgicos eles nos processam.
Alguns meses e muitas audiências depois, num dia aparentemente normal ele chegou na escola e disse coisas sem muito nexo, achamos que estava desgastado com o processo, mas como sempre terminou:
— Cada dia é uma batalha
Foi em direção a sua sala com a cabeça empinada, sem falar com ninguém. Estava meio estranho e levava uma régua, dessas de um metro que professores se utilizam para fazer desenhos na lousa.
Neste período ele tinha um estagiário, que, aliás, fora seu aluno. Ao entrar na sala empunhou a régua para o alto, gritou ao estagiário olhando fixamente para a sala:
— Sancho veja!!! São gigantes e temos que derrotá-los.
Como estavam estudando Cervantes, o moço acreditou ser mais uma de suas táticas didáticas.
Mas ele continuou:
— Vamos Sancho!!! Não fique parado.
 E avançou em direção aos alunos, dando reguadas nas carteiras.
 O rapaz desesperado o segurava e dizia:
— Não professor, não são gigantes, são apenas alunos.
É... Foi internado e morreu pouco tempo depois, não se sabe do que.
Desde então recebeu a alcunha de Dom Quixote de Los Libros.
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Tá certo, esta história não é real, mas bem que não seria nada de estranho se fosse.
Um beijo do Magro, fui…
ps. Este texto foi escrito e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 24/08/2009. Leia outras crônicas antigas aqui

20 de maio de 2012

Para Sempre Bentinho

“Quem é você?” É difícil para que responda esta pergunta, pois para isso teria que perguntar-se “quem sou eu?”.
Nesta busca por identidade podemos entrar em crises existenciais, ideais religiosos, qualquer resposta para o “ser”. É neste momento que podemos nos ver num equívoco, pois o que encontramos são rótulos: meu nome é J... sou motorista ou mecânico ou professor ou isto ou aquilo ou aquilo outro ou mais alguma qualquer coisa que disfarce esta sensação de vazio, rótulos que nos identifique (identificar, identidade, indivíduo, idiota, Id).
Vejamos a vida de um certo Michael: estudante, tímido, ator amador, maluco profissional (e qualquer outro rótulo que quiser adicionar); durante a vida recebeu vários apelidos (rótulos mais explícitos). No colégio de morcego, Nerd, C.D.F., geninho (este em especial é conhecido até hoje por seus colegas de então (não sei se posso colocar um parêntese dentro de outro, mas é necessário que se saliente que apesar dos apelidos ele não se considerava nada estudioso, muito pelo contrário raramente pegava num livro para estudar)); no teatro de kiwi, peludinho e outros do gênero; no trabalho Harry Potter, Renato Russo etc. (no trabalho ele era chamado de qualquer coisa menos de Michael).
Apesar de não ter dito ante, ele nunca fora popular. Isto mudou, até certo ponto, quando começou a faculdade; algo que nunca acontecera, aconteceu: conseguiu uma rede de amigos (não muitos, mas para seu padrão enorme).
Aproveitando esta repentina popularidade fez o que jamais poderia antes fazer: vender vários ingressos para um de seus espetáculos. A montagem era de Dom Casmurro e ele fizera o personagem título (para quem não se lembra “Dom Casmurro” era o “título” dado de forma irônica por um vizinho do personagem, o nome verdadeiro dele era Bentinho).
Quem ainda se lembra do começo deste texto deve estar me perguntando o que uma coisa tem a ver com a outra? É que alguns de seus amigos foram assistir ao espetáculo. Daí para frete estes, e outros que por associação aderiram, começaram a chamá-lo de Bentinho.
A busca por identidade pode ser eterna, por isso todos seremos de uma forma ou de outra, Para Sempre Bentinho...
Um beijo do Magro, fui…
ps. Este texto foi escrito e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 02/12/2008. Leia outras crônicas antigas aqui

15 de maio de 2012

Já posso entrar em coma

Já posso entrar em coma.
Estranhando?
Você que já estudou em escola pública deve se lembrar daquele professor substituto que atrapalhava a sala a sair mais cedo, pois não poderia assim, o outro professor “adiantar aula”. Lembra?
Então... Eu até sexta-feira era um.
Mas o que o começo desta crônica tem a ver com isso?
Simples: este “tipo” de professor tem algumas vantagens, como, por exemplo, fazer seu horário e quando não puder ou não quiser ir, não vai. No entanto esta é justamente sua maior desvantagem. Se os professores titulares de cargo não faltarem ela não trabalha e com isso, também não recebe
Cada mês é uma aventura de não ter certeza de quanto irá receber. Isso faz com que muitos não possam fazer planos.
Eu não sou muito de fazer planos, mas dependo deste dinheiro.
E se eu ficasse doente? Sofresse um acidente que impossibilitasse de trabalhar por meses?
Você meu leigo amigo pode não acreditar, mas eu e minha família iríamos passar fome (eu sei que estou exagerando), pois apesar de assinar um contrato com o estado (que chamam de categoria “V”), eu não teria nenhuma garantia de recursos, já que não há um vínculo trabalhista no qual estamos acostumados.
O chamado eventual da rede pública estadual de ensino é como uma babá de luxo, sem nenhum benefício, que é explorado pelos gestores, pois são obrigados a ser “pau pra toda hora”, odiado pelos alunos e prepotenteados (um neologismo baseado na palavra “prepotente”, no caso, o novo termo dá a ação de ser prepotente(outro parêntese dentro do parêntese pra quê? Pra me xingar, não precisaria explicar o termo, mas enfimm)) por uma grande parte dos professores da casa.
Mas agora eu tenho aula atribuída viiiva!! Eh!! Então se eu sofrer um acidente grave e ficar, como nos filmes holiwoodianos, em coma, minha família não passará fome.
Um beijo do Magro, fui…

13 de maio de 2012

We are right

Era uma reunião de família; não se sabe se Páscoa, Ação de Graça, Ramadã ou Natal; também a nacionalidade perdeu-se no tempo em que fora vivido. Apenas o que se sabe é o fato, sem mais nem o porquê.
A família socialmente inclassificável era comum: tinha avós e avôs, pais e mães, filhos e filhas, tios e tias; nem toda redundância desta última sentença poderia usurpar este quadro bíblico.
O estopim foi quando um deu sua opinião: gostava e apoiava os “piossabolachica”; tinha mais empolgação, era mais coerente apesar de aparentemente egoísta. Um absurdo – disse o outro – os “tuxanacubiçacala” apesar de aparentemente egoísta, era mais coerente e tinha mais empolgação.
Não chegaram a um acordo: metade apoiou um, metade outro.
Com o passar do tempo a cidade foi se dividindo entre estas duas ideias: de um lado os “imbaxissinefajula” e de outro os “tabevalimengoxa”.
Não se suportavam; eram xingamentos, pedradas, tiros, mortes, verdadeiros juramentos aos “lisNolaqualiangua” ou aos “rapabutonaem”. Sim, a cidade vivia assim.
Voltando-se ao velho quadro algum tempo depois, com seus avós e avôs, seus pais e mães, seus filhos e filhas, seus tios e tias, estes davam gargalhadas, não da situação, mas sim porque não se lembravam o porquê tinham brigado.
ps. Este texto foi escrito por volta dos ano de 2002 ou 2003 e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 03/11/2009.Leia outras crônicas antigas aqui

10 de maio de 2012

Pagando duas vezes

Olá meus amigos! Mais uma vez vamos fazer uma observação sobre algumas coisas que acontecem na nossa sociedade. Como é a primeira que faço aqui no Chronicante leia aqui para saber mais sobre o que estou falando.
Ontem fui levar minha mãe numa UBDS perto aqui de casa. Para variar, ficamos cerca de 4hs para ser atendido. Mas não é para reclamar do sistema público de saúde que estou escrevendo, seria muito clichê para eu fazer isso.
Sem querer ser redundante, mas já sendo, lembro que isso não é uma crítica, nem um artigo sério, só uma observação.
Enquanto esperava minha mãe ser chamada, ouvi uma conversa no banco de trás de onde estávamos (eu e minha mãe). A conversa girava em torno de “que demora, como isso é ruim, esses médicos são tudo folgado, vou fazer um convênio, não que seja melhor, mas...”
Para começar, as pessoas colocam a culpa nos médicos como se eles fossem os únicos culpados, talvez eles sejam os menos culpados, pois fazem o que podem dentro do limite. Já ouvi vários médicos dizendo que se você ficar menos de 40 min num consultório isso significa que não foi consultado. Imagine se os plantonistas de uma emergência desta levassem isso ao pé da letra, só o que atendeu minha mãe, atendeu quase que simultaneamente mais 9 pessoas, ou seja, teria que levar cerca de 7hs para atender todas, o que fez em pouco mais de uma hora. O nosso problema está em dois pontos, gestão e cultura, mas isso não é para agora.
Acho que me perdi. Mas já vou me achar. Achando-me então:
O que realmente me chamou a atenção e motivou a escrever este texto foi a parte do convênio, a moça disse que assim que pudesse iria fazer um, não que seria melhor, pois num caso de emergência seria mais ou menos a mesma coisa, mas teria outros benefícios, como exame e etc.
Mais fácil: fazer um convênio, por meu filho numa escola particular... Mais fácil ou mais cômodo?
É talvez muito cômodo você pagar pela saúde duas vezes e também pela educação, transporte e etc. do que cobrar efetivamente por mudanças nas políticas públicas.
E cobrar não significa reclamar nas redes sociais, ou nas salas de espera dos hospitais públicos, ou ainda nas filas de ônibus.
Cobrar é talvez perder um dia de trabalho pra fazer uma manifestação, não só o empregado, mas também o patrão (ih! Rimou). Saber o que acontece nos legislativos por aí, enfim...
Não estou aqui pra julgá-lo meu amigo leitor, e sim fazê-lo pensar no assunto.
Pense aí, que vou-me aqui.
Um beijo do Magro, fui…

8 de maio de 2012

Mijando nas Calças

A história que vou lhes contar é de um jovem chamado José. Ele era do tipo - “sou macho, coço o saco e cuspo no chão. Poema, teatro, TV é pra viado”. As músicas que tinha o hábito de ouvir não eram das melhores. Resumindo o seu perfil: um idiota.
Certo dia acordou para fazer um de seus programas favoritos (não me pergunte qual, pois vindo dele não deveria ser boa coisa). A tarde iria ao ensaio da banda. Como ele era, - como é que posso dizer sem ofender? Ah! Se ofender também dane-se... - pobre, resolveu ficar no centro da cidade.
Levou um lanche e ficou esperando.
Porém era domingo e ele teve vontade de ir ao banheiro. Vai de lá, vem de cá, tudo fechado - “Ah! O bingo! Fiz dezoito anos, posso entrar e mijá!” - pensou.
“Bingo fechado por determinação da justiça”.
Imaginem o seu desespero! O que faria? Disfarçaria e faria no cantinho. Mas antes dessa idéia, ele se deparou com um cartaz: “Museu de Artes Municipal - Exposição Hoje - Entrada Franca”.
“Franca? Isso quer dizer de graça!”. Entrou, assinou o livro de presença e fingiu que estava vendo a exposição. Fingiu tão bem que ficou até o fechamento do museu.
Você deve estar me perguntando por que estou contando esta história idiota de um cara mais idiota ainda. Bem... Há pouco tempo ele inaugurou sua primeira exposição - “Mijando nas calças”. É, acho que nem preciso dizer o porquê deste nome.
ps. Este texto foi escrito por volta dos ano de 2002 ou 2003 e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 19/10/2009. Na verdade, escrevi na intenção de ser um conto, porém minha ex-professora, que o corrigiu, disse que era uma crônica, então... veja outra os outros texto desta postagem aqui.

5 de maio de 2012

Porque o Morumbi


Para estrear o Chronicante, vamos falar, ou melhor, eu vou falar de um assunto que me intrigou esta semana: os locais das partidas da final do Paulistão 2012 (na verdade é Paulistinha, mas isto é outro assunto).
Começando, vamos relembrar as últimas edições nas finais: 2010, Santos e Santo André; 2011, Santos e Corinthians; 2012, Santos e Guarani.
O motivo pelo jogo ser no Morumbi é que o “mando” na final é da Federação Paulista de Futebol, ou seja, ela é que decide onde vai ser o jogo (se quisesse que fosse na Albânia, por mais ridículo que seria, ainda assim teria que ser lá). Usando o argumento que todos os clubes concordaram com tal regra, justificam a incoerência de não se levar um dos jogos para Campinas.
Sabemos que o futebol nos traz algumas surpresas, daí sua magia. A maior delas é que, é talvez o único esporte onde uma equipe tecnicamente inferior pode vencer. Mesmo assim a única vantagem de diminuir as questões técnicas do Guarani seria jogar em casa com sua torcida a favor.
Continuemos o raciocínio.
Em 2010 ocorreu algo parecido, os dois jogos foram no Pacaembu e a maior torcida foi a do Santos, nas duas partidas. Justificável? Na época sim, pois é fato que a torcida do Santo André é muito menor que a do Santos e seria inviável para o Santo André querer uma “maioria” que não existiria, mesmo o jogo acontecendo em Santo André. Sendo assim, mesmo que não ganhassem o título, que era o esperado, pelo menos ganhariam uma “grana” extra com a venda de ingressos.
Este ano, tal justificativa não tem valor. Sabe-se que, mesmo a torcida do guarani sendo menor que a do Santos, em Campinas, dentro do Brinco de Ouro, sem dúvida nenhuma seria maioria (algo que não aconteceria no caso Santo André).
O porquê disto então? Para que não haja dúvida de que o time grande ganhe.
Justifico.
Em 2011 isto não foi feito, não tiveram que jogar em campo neutro, pois eram dois “grandes” e seja para qual fosse o título estaria “em casa”.
Por fim, temos mais uma vez a manipulação indireta a favor da “elite” do futebol.
Um beijo do Magro, fui...