“Quem é
você?” É difícil para que responda esta pergunta, pois para isso teria que
perguntar-se “quem sou eu?”.
Nesta
busca por identidade podemos entrar em crises existenciais, ideais religiosos,
qualquer resposta para o “ser”. É neste momento que podemos nos ver num
equívoco, pois o que encontramos são rótulos: meu nome é J... sou motorista ou
mecânico ou professor ou isto ou aquilo ou aquilo outro ou mais alguma qualquer
coisa que disfarce esta sensação de vazio, rótulos que nos identifique
(identificar, identidade, indivíduo, idiota, Id).
Vejamos
a vida de um certo Michael: estudante, tímido, ator amador, maluco profissional
(e qualquer outro rótulo que quiser adicionar); durante a vida recebeu vários
apelidos (rótulos mais explícitos). No colégio de morcego, Nerd, C.D.F., geninho (este em especial é conhecido até hoje por
seus colegas de então (não sei se posso colocar um parêntese dentro de outro,
mas é necessário que se saliente que apesar dos apelidos ele não se considerava
nada estudioso, muito pelo contrário raramente pegava num livro para estudar));
no teatro de kiwi, peludinho e outros do gênero; no trabalho Harry Potter,
Renato Russo etc. (no trabalho ele era chamado de qualquer coisa menos de
Michael).
Apesar
de não ter dito ante, ele nunca fora popular. Isto mudou, até certo ponto,
quando começou a faculdade; algo que nunca acontecera, aconteceu: conseguiu uma
rede de amigos (não muitos, mas para seu padrão enorme).
Aproveitando
esta repentina popularidade fez o que jamais poderia antes fazer: vender vários
ingressos para um de seus espetáculos. A montagem era de Dom Casmurro e ele
fizera o personagem título (para quem não se lembra “Dom Casmurro” era o
“título” dado de forma irônica por um vizinho do personagem, o nome verdadeiro
dele era Bentinho).
Quem
ainda se lembra do começo deste texto deve estar me perguntando o que uma coisa
tem a ver com a outra? É que alguns de seus amigos foram assistir ao
espetáculo. Daí para frete estes, e outros que por associação aderiram,
começaram a chamá-lo de Bentinho.
A busca
por identidade pode ser eterna, por isso todos seremos de uma forma ou de
outra, Para Sempre Bentinho...
Um
beijo do Magro, fui…
ps. Este texto foi
escrito e postado no Mike Łٳ†€rά†μى em 02/12/2008. Leia outras crônicas antigas aqui
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