26 de novembro de 2012

A moça com duas sacolas pesadas de compra que andava pra lá e pra cá e o senhor, aparentemente embriagado, que ergueu sua latinha fazendo coro com o ator ao final do Hino de Ribeirão Preto

Devo explicar este título: fui ver a intervenção dos formandos do Barão de Mauá de 2012 na Praça XV de Ribeirão Preto, e o que mais me marcou não foi a qualidade, que vem aumentando aos grupos de minha cidade, mas a obviedade ignorada aos olhos governamentais
Quem acompanha minhas observações, sabe que nestes textos não faço crítica e nem tento defender uma ideia, apenas observo, olho e digo minhas impressões e tento na mais possível humildade expor algo que talvez uma parte dos leitores não pararam para pensar (e eu que o faço muito, por motivos mil, pensei, nada de mais e nada de menos. Por que este parêntese? Talvez eu o retire... em todo caso se alguém souber o porquê o coloquei me avise).
Vamos parar de enrolar e vamos ao que interessa:
Eu fui ver a intervenção porque sabia que iria acontecer, assim como uma meia dúzia de pessoas en la plaza, porém a magia do teatro se fez ao me reparar com as pessoas em volta olhando, intrigadas e sorridentes a cada cena , a cada fala, a cada ação, pessoas que pela praça andavam, saindo do trabalho, escola ou simplesmente pessoas que por motivos aquém de minha sapiência estavam lá.
Algumas deixaram de “pegar” seus ônibus, seus carros, seus moto taxi, (pela nova regra de ortografia não sei se esta palavra é hifenizada (palavrinha feia esta, né)? Tô com preguiça de olhar), enfim, chegar mais cedo em casa e descansar, para ver TEATRO.
Isto demonstra algo tão óbvio, as pessoas, as mais comuns, são muito carentes de boas artes (não é carente no sentido sensacionalista do termo, e sim no sentido não “ter”), a reação delas demonstrou, por que então nossos governantes não veem esta obviedade? Bem, por uma outra questão óbvia, mas não preciso dar a resposta a você meu leitor, sabe qualé.
Enfim, uma moça que vinha passando, com duas sacolas de supermercado nas mãos, viu a intervenção, e mesmo, com o aparente peso que carregava, foi acompanhado por toda a praça cada movimento, cada cena..... Quase ao final da intervenção, um senhor que estava com uma latinha na mão, que juro não saber do que era, mas se fosse de cerveja seria bem mais legal, cantou o último verso do Hino de Ribeirão Preto junto com o ator.
Para finalizar de vez o minha observação gostaria de pedir a cada um que me lê que pelo menos uma vez por mês, mesmo que for pra ficar sem uma garrafa de cerveja ou de um doce ou sei lá o quê, que vá a um evento artístico-cultural de qualidade, vai valer a pena, posso lhe garantir.
Um beijo do Magro, fui...
Ps.: quero parabenizar os atores e organizadores tanto do curso do Barão de Mauá quanto do Ribeirão em Cena, que nos últimos anos vem evoluindo cada vez mais seus espetáculos, Ribeirão ainda está na infância teatral, mas sei que com muito trabalho chegaremos à maturidade com muita qualidade.

15 de novembro de 2012

Sobre a Selecinha #2

Algumas coisas me intrigam no técnico Mano Menezes.
Por exemplo: sempre que machuca algum jogador, mesmo que bem antes da uma partida, ele não convoca outro da mesma posição no lugar (nem de outra), ele prefere jogar com um jogador improvisado, como no jogo de ontem. E pra minha surpresa ele tinha um jogador da posição, mas não o colocou desde o começo do jogo (alguém poderia dar um argumento convincente do por quê? (lembrando que o gol da Colômbia foi nas costas de Leandro Castan))
Talvez, você poderia me dizer que “é porque o Leandro já vem sendo convocado, por merecimento blábláblá”, mas ainda sim este argumento não se fundamentaria.
Ele vem convocando o Lucas do São Paulo já há algum tempo e sempre que joga, desde o começo do jogo, o garoto faz boa partida. Mesmo que o jogador titular na posição seja o Hulk (o que é uma lástima) pela lógica “merecimento/tempo de convocação”, o substituto não seria o Thiago Neves e sim o Lucas.
Uma parte da população brasileira não gosta do Mano como técnico, e seria muito estranho se gostasse, aliás, qualquer um seria muito criticado, mas estou quase convencido que o problema de nosso técnico não é incompetência (principalmente depois da convocação pro super clássico) e sim, e me desculpe a falta de respeito caso alguém ou próprio se ofenda, que tenha um parafuso, ou mais, solto.
Um beijo do Magro, fui…