Para
estrear o Chronicante,
vamos falar, ou melhor, eu vou falar de um assunto que me intrigou esta semana:
os locais das partidas da final do Paulistão 2012 (na verdade é Paulistinha,
mas isto é outro assunto).
Começando,
vamos relembrar as últimas edições nas finais: 2010, Santos e Santo André; 2011,
Santos e Corinthians; 2012, Santos e Guarani.
O
motivo pelo jogo ser no Morumbi é que o “mando” na final é da Federação Paulista de Futebol,
ou seja, ela é que decide onde vai ser o jogo (se quisesse que fosse na Albânia,
por mais ridículo que seria, ainda assim teria que ser lá). Usando o argumento
que todos os clubes concordaram com tal regra, justificam a incoerência de não
se levar um dos jogos para Campinas.
Sabemos
que o futebol nos traz algumas surpresas, daí sua magia. A maior delas é que, é
talvez o único esporte onde uma equipe tecnicamente inferior pode vencer. Mesmo
assim a única vantagem de diminuir as questões técnicas do Guarani seria jogar
em casa com sua torcida a favor.
Continuemos
o raciocínio.
Em
2010 ocorreu algo parecido, os dois jogos foram no Pacaembu e a maior torcida
foi a do Santos, nas duas partidas. Justificável? Na época sim, pois é fato que
a torcida do Santo André é muito menor que a do Santos e seria inviável para o
Santo André querer uma “maioria” que não existiria, mesmo o jogo acontecendo em
Santo André. Sendo assim, mesmo que não ganhassem o título, que era o esperado,
pelo menos ganhariam uma “grana” extra com a venda de ingressos.
Este
ano, tal justificativa não tem valor. Sabe-se que, mesmo a torcida do guarani
sendo menor que a do Santos, em Campinas, dentro do Brinco de Ouro, sem dúvida
nenhuma seria maioria (algo que não aconteceria no caso Santo André).
O
porquê disto então? Para que não haja dúvida de que o time grande ganhe.
Justifico.
Em
2011 isto não foi feito, não tiveram que jogar em campo neutro, pois eram dois “grandes”
e seja para qual fosse o título estaria “em casa”.
Por
fim, temos mais uma vez a manipulação indireta a favor da “elite” do futebol.
Um
beijo do Magro, fui...
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