5 de maio de 2012

Porque o Morumbi


Para estrear o Chronicante, vamos falar, ou melhor, eu vou falar de um assunto que me intrigou esta semana: os locais das partidas da final do Paulistão 2012 (na verdade é Paulistinha, mas isto é outro assunto).
Começando, vamos relembrar as últimas edições nas finais: 2010, Santos e Santo André; 2011, Santos e Corinthians; 2012, Santos e Guarani.
O motivo pelo jogo ser no Morumbi é que o “mando” na final é da Federação Paulista de Futebol, ou seja, ela é que decide onde vai ser o jogo (se quisesse que fosse na Albânia, por mais ridículo que seria, ainda assim teria que ser lá). Usando o argumento que todos os clubes concordaram com tal regra, justificam a incoerência de não se levar um dos jogos para Campinas.
Sabemos que o futebol nos traz algumas surpresas, daí sua magia. A maior delas é que, é talvez o único esporte onde uma equipe tecnicamente inferior pode vencer. Mesmo assim a única vantagem de diminuir as questões técnicas do Guarani seria jogar em casa com sua torcida a favor.
Continuemos o raciocínio.
Em 2010 ocorreu algo parecido, os dois jogos foram no Pacaembu e a maior torcida foi a do Santos, nas duas partidas. Justificável? Na época sim, pois é fato que a torcida do Santo André é muito menor que a do Santos e seria inviável para o Santo André querer uma “maioria” que não existiria, mesmo o jogo acontecendo em Santo André. Sendo assim, mesmo que não ganhassem o título, que era o esperado, pelo menos ganhariam uma “grana” extra com a venda de ingressos.
Este ano, tal justificativa não tem valor. Sabe-se que, mesmo a torcida do guarani sendo menor que a do Santos, em Campinas, dentro do Brinco de Ouro, sem dúvida nenhuma seria maioria (algo que não aconteceria no caso Santo André).
O porquê disto então? Para que não haja dúvida de que o time grande ganhe.
Justifico.
Em 2011 isto não foi feito, não tiveram que jogar em campo neutro, pois eram dois “grandes” e seja para qual fosse o título estaria “em casa”.
Por fim, temos mais uma vez a manipulação indireta a favor da “elite” do futebol.
Um beijo do Magro, fui...

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