22 de maio de 2013

Crônica (séria) que substitui em caráter eventual uma Observação Sociológica

O sistema público de ensino é uma piada que não tem graça, isso não é novidade. Mas algumas coisas conseguem estragar ainda mais ela.
Vamos imaginar que por motivos aquém de nossos conhecimentos ou mesmo interesse o ortopedista de um hospital falte. Como ele tinha muitos pacientes neste dia, chamam outro médico para substituí-lo. Porém, em vez de um ortopedista, vem um ginecologista, o único disponível. Ele é um médico, mas não é da área.
Pois é assim que acontece na educação do estado de São Paulo (e falo de São Paulo porque não conheço a situação de outro estado).
Eu sou formado em Letras, já dei aula de Artes, História, Filosofia. Até aqui não muito distante de minha formação. Mas imagine eu, tendo que dar aula de Química, Física, Matemática (hoje foi um destes dias).
Tive uma professora na faculdade que dizia que quando se prepara um bom professor consegue dar aula de qualquer coisa. Concordo, respeitando algumas limitações isso é realmente possível. É por isso que sempre tenho aulas pré-preparadas para alguma emergência.
O problema são os fatos inesperados que quando não sendo da nossa área, não posso suprir.
Esta situação é tal estranha que nem sei como terminar meu texto... Quem sabe com uma reflexão para vocês: qual minha parcela de culpa nesta situação? (se você respondeu nenhuma, preocupe-se, pois tem algo de errado contigo).
Um beijo do magro, fui...

17 de maio de 2013

Quando falta futebol...

Cínico! A maneira com a qual o técnico Tite cumprimentou o juiz, ou situação causada após o jogo entre o Timão e o Boca?
Poucas vezes vi revolta tão acentuada, com declarações ainda mais infelizes, como a que se seguiu ao apito final de Amarilla. Erros de arbitragem sempre aconteceram e acontecerão enquanto não se autorizar recursos eletrônicos.
A dúvida que iniciou este texto partiu de outra dúvida que tive: se fosse ao contrário, se o juizão tivesse errado a favor do Corinthians, como seria o dia seguinte? Não posso saber com certeza, mas consigo imaginar:
Os torcedores rivais falariam do apito amigo, o Tiago laif diria que “como foi contra argentino tá tudo bem”, o Tite iria lamentar o erro, “mas bah! Bola pra frente”. (lembrando a vocês que isso não passa de uma imaginação). Enfim... Dois dias depois ninguém nem iria lembrar-se do ocorrido.
Hoje vi alguns trechos da entrevista de Paulo André e fico imaginando ele parando o jogo e admitindo ao juiz que “sim, eu botei a mão na bola, foi pênalti”.
Não estou aqui pra defender a arbitragem, apenas para mostrar a desproporcionalidade da reação da torcida, do técnico e jogadores, pois resumiu-se o erro à esta arbitragem e não a desatualização que existe no sistema de arbitragem como um todo.
Lembrando que erros grosseiros como estes aconteceram há algumas semanas na Liga dos Campeões e ninguém ficou chorando pelo leite derramado. Poderíamos dizer que isso é cultural, não reclamar ou reclamar, mas um dirigente do PSG reclamou de forma acintosa com o juiz... peraí, o clube era europeu, mas o dirigente era brasi... Melhor nem continuar.
Um beijo do magro, fui...