1 de julho de 2012

Não fiquem chateados seus chatos...

Como é bom estar de férias.... no meu caso é só um recesso de 15 dias.... e é bom nem se acostumar (Clique aqui para entender o porquê)
Ontem fui ao Sesc Ribeirão assistir ao espetáculo Experimento Circo com o Circo Amarillo. Um belo espetáculo, com muita técnica, desenvoltura, contemporaneamente tradicional.
Sabe, tenho observado que aquele Circo, de picadeiro (tinha um até pouco tempo perto de casa), lona e tudo mais, parece esquecido, deixado de lado, substituído por estes teatro-circos ou grandiosos como o Cirque du Soleil, não os acho ruins, de maneira alguma, mas o velho está ficando para trás sem nenhuma questão.
Mas não esta a verdadeira observação que farei, deixe-a para outra oportunidade e uma opinião mais bem formada de minha parte.
O que observei e venho dizer (lembre-se sempre que sou um observador, não um critico, não dou certezas, apenas questiono, tirem suas conclusões) é sobre um fato que me intriga em minha grande cidade pequena (ou pequena cidade grande): Ribeirão Preto.
Como se é sabido (pelo menos eu suponho que o é) existem dois tipos de teatro vigente: os de apelo midiático – com atores globais e etc; e os não midiáticos – belos espetáculos, mas sem muito prestigio “global” (esses sofrem bastante para sobreviver).
Mais uma vez, falar sobre os dois tipos não é o momento.
Vou falar sobre o público destes dois tipos.
Os do Primeiro, são pessoas que veem novela e tem grana para pagar os preços absurdos ( ou que ganham convites). Mas o mais interessante são os do segundo tipo.
Geralmente são, na sua maioria, pessoas de teatro, atores, diretos, etc. eles vão não para “assistir” e sim “ver” a peça.
(Pausa parentesial para diferenciar conceitos “assistir” e “ver”. “Assistir”: são as pessoas que o fazem sem nenhum tipo de preconceito ou julgamento; vão apenas se emocionar com que estão assistindo. “Ver”: aqui são as pessoas que vão com o objetivo de julgar, aprender, criticar e etc. Faço esta diferença conceitual por simples diversão intelectual hahahá)
Como já trabalhei com teatro falo isso com propriedade, não o fazemos por mal, é natural ver as técnicas usadas, a iluminação, a direção e etc. Por isso o público mais chato do teatro são os da própria classe.
E por que de toda essa introdução? Simples.
O espetáculo tinha que durar pelo menos 60 minutos e durou menos de 45. Por quê? Porque ele era interativo, a platéia tinha que colaborar em alguns momentos. E que tipo de público era formado? Adivinha, advinha? Em sua maioria os “malas” que fazem teatro.
Na hora que se deveria interagir com os palhaços da peça, esses tinham dificuldade, pois estes “malas”, no qual eu me enquadro, não estavam lá para se divertir, e sim para aprender, julgar, enfim...
Por isso vou terminar esta observação dando uma dica ao Sesc e para os outros grupos de Ribeirão que queiram trazer ou fazer espetáculos sem apelo midiático: “Para pessoas da classe teatral paga-se o dobro”, pois assim, nos espetáculos que houver a necessidade de interação, os atores da peça não fiquem tão chateados com o público, já que pelo menos terão uma renda um pouco maior.
ps. Este texto foi escrito e postado dia 16/07/2011 no Mike Łٳ†€rά†μى