27 de agosto de 2012

A Verdadeira Reforma

Não sou nenhum cientista político, nem especialista na área, nem coisa parecida. Como sempre digo sou apenas um observador do comportamento humano.
Uma coisa no cenário político que vem me chamando a atenção está relacionada a uma reforma política. Superficialmente falando, e mais divulgada pela mídia (as poucas que tratam de forma séria e não midiática a política), estariam pautadas em dois pontos:
O voto distrital que, falando de forma simples, elegeria os deputados de acordo com uma determinada região do país, ou do estado, ou do município. Hoje temos o voto proporcional que faz com que partidos menores consigam ter um representante. Os principais argumentos de quem defende o “distrital” seriam o fato de um deputado ou vereador com um número menor de votos se elejam no lugar de um com maior. O outro, que a meu ver é um pouco mais legítimo, é que dividindo por distrito, uma região menor seria mais bem representada.
Porém poder-se-ia ter uma espécie de monopolização partidária, onde somente os grandes partidos dominariam o país por sua força de marketing. Uma das poucas garantias de uma democracia verdadeira (diferente da dos EUA que só tem dois partidos) é a possibilidade de ter-se representantes de todos o segmentos da nossa sociedade, sejam com relação a ideologia política, religiosa e etc.
Qual seria melhor? Não tenho certeza (aliás, não certeza de nada), pois cada um tem suas vantagens e desvantagens. Talvez um intermediário que possa atender um pouco dos dois.
Mas enfim... Vamos ao segundo ponto.
Este se refere aos pequenos partidos que são considerados por alguns especialistas como partidos de aluguel. Eles são criados para aumentar o tempo de alguns dos grandes partidos. Daí mais um perigo semelhante ao primeiro ponto (na verdade igual), pois será que os grandes partidos com esta desculpa não querem o monopólio. Pois existem pequenos partidos sérios, aliás, para se tornar grande primeiro tem que ser pequeno (a não ser que você seja um ex-desconhecido da política e atual prefeito da maior cidade do país e quer jogar ao lado dos que estão no poder e assim cria um grande partido, mesmo com assinaturas falsas).
A meu ver tudo isso que vem à cima é uma masturbação inútil. Explico.
Entra governo, sai governo, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, vemos sempre a mesma ladainha: a divisão do poder, que partido terá direito a que grande pasta.
Os últimos acontecimentos no governo Dilma (que não é exclusividade dele) deveriam levar a população a uma maior reflexão: Porque pessoas sem nenhum conhecimento específico gerem uma pasta governamental? Qual o verdadeiro interesse na distribuição dos “lotes”? E mais, por que há indicação de segundos, terceiros e em alguns casos até quintos e sextos escalões? Algumas pessoas poderiam me dizer “é necessário pessoas de confiança para certos cargos”. Mas confiança para quê? Para poder “roubar” mais fácil?
Vejo que a verdadeira reforma está aqui! Na mudança da legislação que faça primeiro com que as indicações do governo sejam apenas para o primeiro escalão, e que para as outras sejam funcionários públicos com conhecimento na área designada. E em segundo, estes mesmos indicados teriam que ter conhecimento acadêmico-técnico ou experiência comprovada na área, pois é assim que funciona no dia-dia.
Termino esta minha observação mal-traçada levantando uma pequena campanha por uma mudança da legislação na indicação de cargos e espero que você que me lê, compreenda-me e se concordar, entre nesta campanha.
Um beijo do Magro, fui…
ps.: Este texto foi postado no dia 27/08/2011 no Mike Łٳ†€rά†μى. Coincidência ou não, estou republicando ele exatamente um ano depois. E as coincidências não acabam por aqui. Estamos em campanha política e o último texto postado “O porquê voto no 99” também fala de política e o próximo texto da “série” que visa reler os antigos textos publicados no blog já referido, também terá esta conotação política. E ainda sobre este texto, muito provavelmente, o seu contexto está pautado numa possível “reforma” ministerial feita pela presidenta na época desta publicação.

21 de agosto de 2012

O porquê que voto no 99

Democracia: forma de governo na qual o poder emana do povo, isso segundo o dicionário Michaelis.
Ouço sempre o os “politizados” dizendo que nós temos que dar nosso voto com consciência, pesquisando a vida dos candidatos, suas plataformas políticas, programa de governo, etc. etc. e outras etc.
E se mesmo depois disto tudo ainda assim não gostar de nenhum candidato? Serei obrigado a votar no “menos pior”, como dizem alguns? Desculpe, mas é insuficiente pra mim.
Tenho por mim que o sistema político brasileiro está “viciado” em sua ineficiência (vide mensalão que nada mais foi que uma continuidade de práticas já existentes há séculos que foram reproduzidas por um partido que tinha como uma das principais bandeira a ética, e que muito provavelmente ainda existem).
Como romper ou dizimar este vício? Mantendo os mesmos é que não.
Acredito, pelas experiências já vistas, que votar em qualquer partido ou candidato, que esteja integrado a este sistema político atual, é votar na continuidade das práticas atuais, pois o problema não está só na ética ou na corrupção, mas também nos modelos de administração pública que mina qualquer possibilidade de desenvolvimento do Brasil.
Por não acreditar neste sistema político atual é que voto em nulo, sei que legalmente não influenciará em nada no resultado, pelo menos não da forma que eu gostaria, mas assim não fico com dor na consciência de que votei numa continuidade de uma pseudodemocracia.
Não sei o que você leitor pensa sobre isso, mas vale reflexão.
Um beijo do Magro, fui…

16 de agosto de 2012

Debalde na mão

Imagine você um professor; depois de alguns anos de graduação, pós-graduação, cursos diversos, etc. com 30 anos de profissão, lutando para poder se aposentar, já que mesmo com toda documentação em “mãos”, não consegue, pois não tem seu “Q.I. muito alto”.
Este professor vem caminhando todo arrumado, conversando com seus colegas, entre sorrisos gargalhadas, todos eles, os professores, com seus materiais de trabalho: livros cadernos, cadernetas, balde, canetas...
Espera aí Balde?
Será que para uma atividade de artes, comunitária ou coisa do gênero?
Pasmem mas não.
Poderíamos falar hoje do fim das férias dos professores da rede estadual, do atraso no sistema educacional, políticos omissos, enfim... Mas prefiro contar a história deste professor com o balde nas mãos.
Toda semana nesta escola estadual, se não toda quase toda, a água do banheiro dos docentes acaba. É comum em muitas escolas que quando acaba a água dos alunos, as escolas os dispensam. Como os professores “Estão [sendo colocados] dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro pra salvar o Brasil[.]” como diria professora potiguar, eles têm que aguentar as condições precárias de um banheiro fedido e com coisas que flutuam nos vasos.
Esta situação é causada pela falta de estrutura e manutenção em escolas precárias com encanamentos e fiações originais. Falta um pouco de consideração do poder publico que não olham para estes detalhes
Mas falta também indignação da população. Isto indignação.
As pessoas de um nível social maior colocam seus filhos em escolas particulares e por mais que não admitam, no fundo usam o bordão do Chico “Quero mais que pobre se exploda”. Enquanto isso as classes mais humildes “despejam” seus filhos na esperança que o estado cumpra o papel de educá-las em seus lugares. Logicamente que isso ocorre por motivos diversos que não caberia nestas poucas palavras que já foram muitas. Mas ainda sim dá para colocar um fator causador pela não indignação: a ignorância alienante.
Mas espera...
Até agora não expliquei o porquê do balde.
Não, acalmem-se, não foi para usar de latrina não; é que a água nesta escola falta somente no banheiro e no bebedouro dos professores então, a solução encontrada pela direção era de encher o balde de água, em outros lugares da escola, para usar no vaso, sabe, como no tempo de nossos avós ou bisavós.
Para terminar vou fazer uma meia-paráfrase: Estão nos colocando dentro de uma escola de balde na mão pra salvar o Brasil?
Um beijo do Magro, fui…
ps. Este texto foi escrito e postado dia 11/08/2011 no Mike Łٳ†€rά†μى

10 de agosto de 2012

Bandidos são bandidos; e bandidos, são bandidos?

Olá meus amigos Chroniqueiros, há quanto tempo não nos falamos, não? Estou tendo alguns problemas para efetuar minhas postagens com eficiência e qualidade por problemas técnicos. Por isso, estou publicando hoje um texto escrito já há algumas semanas. Espero que gostem e aguardem com calma a possibilidade de postar novos textos. Um beijo do Magro, fui…
Bandidos são bandidos; e bandidos, são bandidos?
Estava me preparando para escrever uma Crônica Esportiva sobre o título do Corinthians, contudo um fato neste jogo e no do dia seguinte (Palmeiras e Coritiba) me chamou a atenção: a confusão entre a polícia militar e a torcida.
Já são rotineiros estes tipos de conflitos, policiais e torcedores, seja em capitais ou mesmo no interior. Este fato é tal absurdo que muitas emissoras nem dão muita importância. Por um lado esta postura é boa, pois não torna o fato algo que possa trazer fama aos participantes. Por outro, não se discute o problema de forma incisiva postergando, assim, o problema (talvez seja esta realmente a intenção dos que se beneficiam com as confusões).
O que mais impressiona é a atitude da polícia que raramente prende algum “torcedor”, e mesmo quando o faz o libera rapidamente “por falta de provas”, falta de provas? Como, se na maioria dos casos têm-se registro gravado dos “incidentes”?
Não seria tão estranha esta atitude da polícia se o mesmo ocorresse em manifestações de estudantes, como os da USP e da UNIFESP. Nos dois casos os “criminosos foram presos indiciados e só saíram sob fiança”.
Dois pesos e duas medidas por quê?
Será que no treinamento dos policiais militares existe uma “regra” dizendo que estudantes-manifestantes que buscam seus direitos e o da população são bandidos e os arruaceiros que só destroem o bem público são cidadãos de bem?
Fica a vocês esta reflexão um pouco mais contundente que as de costumo “Observar”. Tirem suas conclusões e sei lá, divulguem o pensamento, afinal é o máximo que se pode fazer num país que bate em estudante e faz “carinho” em arruaceiros sem objetivos.
Um beijo do Magro, fui…