Pensei que não faria mais textos sérios. Mas uma “opinião”
de uma “jornalista”, que nem sei o nome e estou com preguiça de procurar,
proferiu a seguinte frase sobre o “vandalismo” das últimas manifestações:
“Para alguns, se a policia toma atitude, é violenta,
se não toma é omissa. Fica para os especialistas pensarem”.
Fica a dúvida: precisar de um especialista para uma
obviedade é um retrato da sociedade brasileira, ou falta uma capacidade
reflexiva da tal âncora?
Então vamos.
O pensamento é simples e logicamente óbvio: se
tivéssemos transporte coletivo de qualidade e uma valorização dos profissionais
de educação, além de outrens, não precisaríamos nos manifestar.
Aê!!!! (a seriedade foi pro saco).
Ainda sobre o “vandalismo”, já perceberam que as
reportagens dos telejornais são sempre na linha do: “a manifestação seguia
tranquila até que um grupo de vândalos começou a depredação”?
Não pode ser impressão minha, é? Eles, os
telejornais, ignoram quase que totalmente as pautas de reivindicações dos
manifestantes para mostrar o quebra-quebra?!?!?
Algum jornalista aí pode me ajudar?
O que deve ser destacado numa reportagem: o tal “vandalismo”,
ou uma discussão séria sobre os rumos da educação?
Para finalizar, vamos à primeira aula de jornalismo
da “Escola de Jornalismo Mike Maluco”:
Entre esvaziar a mente do leitor ou do telespectador
com notícias vazias de violência e uma notícia que valorize uma discussão sobre
as verdadeiras causas do problema, fique com esta última, você provavelmente
terá que ter um emprego alternativo, além do jornalismo, para se sustentar, mas
pelo menos será realmente um jornalista.
Um beijo do Magro, fui…
Ps.: ainda continuo com preguiça de procurar o nome
da tal âncora, mas sei que ela apresentou hoje a 1ª edição do Jornal da
Cultura.
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