Não sou
nenhum cientista político, nem especialista na área, nem coisa parecida. Como
sempre digo sou apenas um observador do comportamento humano.
Uma
coisa no cenário político que vem me chamando a atenção está relacionada a uma reforma
política. Superficialmente falando, e mais divulgada pela mídia (as poucas que
tratam de forma séria e não midiática a política), estariam pautadas em dois
pontos:
O voto distrital que, falando de forma
simples, elegeria os deputados de acordo com uma determinada região do país, ou
do estado, ou do município. Hoje temos o voto proporcional que faz com que
partidos menores consigam ter um representante. Os principais argumentos de
quem defende o “distrital” seriam o fato de um deputado ou vereador com um número
menor de votos se elejam no lugar de um com maior. O outro, que a meu ver é um
pouco mais legítimo, é que dividindo por distrito, uma região menor seria mais
bem representada.
Porém
poder-se-ia ter uma espécie de monopolização partidária, onde somente os
grandes partidos dominariam o país por sua força de marketing. Uma das poucas garantias de uma democracia verdadeira
(diferente da dos EUA que só tem dois partidos) é a possibilidade de ter-se
representantes de todos o segmentos da nossa sociedade, sejam com relação a
ideologia política, religiosa e etc.
Qual
seria melhor? Não tenho certeza (aliás, não certeza de nada), pois cada um tem
suas vantagens e desvantagens. Talvez um intermediário que possa atender um
pouco dos dois.
Mas
enfim... Vamos ao segundo ponto.
Este se
refere aos pequenos partidos que são considerados por alguns especialistas como
partidos de aluguel. Eles são criados para aumentar o tempo de alguns dos
grandes partidos. Daí mais um perigo semelhante ao primeiro ponto (na verdade
igual), pois será que os grandes partidos com esta desculpa não querem o
monopólio. Pois existem pequenos partidos sérios, aliás, para se tornar grande
primeiro tem que ser pequeno (a não ser que você seja um ex-desconhecido da
política e atual prefeito da maior cidade do país e quer jogar ao lado dos que
estão no poder e assim cria um grande partido, mesmo com assinaturas falsas).
A meu
ver tudo isso que vem à cima é uma masturbação inútil. Explico.
Entra
governo, sai governo, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, vemos
sempre a mesma ladainha: a divisão do poder, que partido terá direito a que
grande pasta.
Os
últimos acontecimentos no governo Dilma (que não é exclusividade dele) deveriam
levar a população a uma maior reflexão: Porque pessoas sem nenhum conhecimento
específico gerem uma pasta governamental? Qual o verdadeiro interesse na
distribuição dos “lotes”? E mais, por que há indicação de segundos, terceiros e
em alguns casos até quintos e sextos escalões? Algumas pessoas poderiam me
dizer “é necessário pessoas de confiança para certos cargos”. Mas confiança
para quê? Para poder “roubar” mais fácil?
Vejo
que a verdadeira reforma está aqui! Na mudança da legislação que faça primeiro
com que as indicações do governo sejam apenas para o primeiro escalão, e que
para as outras sejam funcionários públicos com conhecimento na área designada.
E em segundo, estes mesmos indicados teriam que ter conhecimento
acadêmico-técnico ou experiência comprovada na área, pois é assim que funciona
no dia-dia.
Termino
esta minha observação mal-traçada levantando uma pequena campanha por uma
mudança da legislação na indicação de cargos e espero que você que me lê,
compreenda-me e se concordar, entre nesta campanha.
Um beijo do Magro, fui…
ps.: Este texto foi postado no dia 27/08/2011 no Mike
Łٳ†€rά†μى. Coincidência
ou não, estou republicando ele exatamente um ano depois. E as coincidências não
acabam por aqui. Estamos em campanha política e o último texto postado “O
porquê voto no 99” também fala de política e o próximo texto da “série” que
visa reler os antigos textos publicados no blog já referido, também terá esta
conotação política. E ainda sobre este texto, muito provavelmente, o seu
contexto está pautado numa possível “reforma” ministerial feita pela presidenta
na época desta publicação.