Como é
bom estar de férias.... no meu caso é só um recesso de 15 dias.... e é bom nem
se acostumar (Clique aqui para entender o porquê)
Ontem
fui ao Sesc Ribeirão assistir ao espetáculo Experimento Circo com o Circo
Amarillo. Um belo espetáculo, com muita técnica, desenvoltura,
contemporaneamente tradicional.
Sabe,
tenho observado que aquele Circo, de picadeiro (tinha um até pouco tempo perto
de casa), lona e tudo mais, parece esquecido, deixado de lado, substituído por
estes teatro-circos ou grandiosos como o Cirque
du Soleil, não os acho ruins, de maneira alguma, mas o velho está ficando
para trás sem nenhuma questão.
Mas não
esta a verdadeira observação que farei, deixe-a para outra oportunidade e uma
opinião mais bem formada de minha parte.
O que
observei e venho dizer (lembre-se sempre que sou um observador, não um critico,
não dou certezas, apenas questiono, tirem suas conclusões) é sobre um fato que
me intriga em minha grande cidade pequena (ou pequena cidade grande): Ribeirão
Preto.
Como se
é sabido (pelo menos eu suponho que o é) existem dois tipos de teatro vigente:
os de apelo midiático – com atores globais e etc; e os não midiáticos – belos
espetáculos, mas sem muito prestigio “global” (esses sofrem bastante para
sobreviver).
Mais
uma vez, falar sobre os dois tipos não é o momento.
Vou
falar sobre o público destes dois tipos.
Os do
Primeiro, são pessoas que veem novela e tem grana para pagar os preços absurdos
( ou que ganham convites). Mas o mais interessante são os do segundo tipo.
Geralmente
são, na sua maioria, pessoas de teatro, atores, diretos, etc. eles vão não para
“assistir” e sim “ver” a peça.
(Pausa
parentesial para diferenciar conceitos “assistir” e “ver”. “Assistir”: são as
pessoas que o fazem sem nenhum tipo de preconceito ou julgamento; vão apenas se
emocionar com que estão assistindo. “Ver”: aqui são as pessoas que vão com o
objetivo de julgar, aprender, criticar e etc. Faço esta diferença conceitual
por simples diversão intelectual hahahá)
Como já
trabalhei com teatro falo isso com propriedade, não o fazemos por mal, é
natural ver as técnicas usadas, a iluminação, a direção e etc. Por isso o
público mais chato do teatro são os da própria classe.
E por
que de toda essa introdução? Simples.
O
espetáculo tinha que durar pelo menos 60 minutos e durou menos de 45. Por quê?
Porque ele era interativo, a platéia tinha que colaborar em alguns momentos. E
que tipo de público era formado? Adivinha, advinha? Em sua maioria os “malas”
que fazem teatro.
Na hora
que se deveria interagir com os palhaços da peça, esses tinham dificuldade,
pois estes “malas”, no qual eu me enquadro, não estavam lá para se divertir, e
sim para aprender, julgar, enfim...
Por
isso vou terminar esta observação dando uma dica ao Sesc e para os outros
grupos de Ribeirão que queiram trazer ou fazer espetáculos sem apelo midiático:
“Para pessoas da classe teatral paga-se
o dobro”, pois assim, nos espetáculos que houver a necessidade de
interação, os atores da peça não fiquem tão chateados com o público, já que
pelo menos terão uma renda um pouco maior.
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