11 de dezembro de 2012

Não bate que ele gama

Não estou aqui para defender o imbecil do Rafinha Bastos, mas quero fazer umas observações sobre o caso:
Que ele faz piadas preconceituosas e de gosto duvidoso é inquestionável, mas quem nunca fez. O ponto é que ele é uma celebridade e toda celebridade do século XX e XXI tem que ser politicamente correto. Está certo que ele é somente politicamente incorreto, o que o torna o imbecil que já dissera.
Mas o erro é combater a ele, pois isso o torna mais forte. O ideal seria combater as ideologias que ele vende, independentemente se ele o faz voluntariamente ou involuntariamente.
Principalmente com essa nossa juventude tão carente de ídolos pensantes e quando aparece um, que faz como ele faz, torna-se mesmo uma espécie de “Deus”.
Vou fazer minha observação com o último “caso” dele, e lembre-se você que tem o hábito de me ler e você que me lê pela primeira vez que não faço crítica e sim uma observação.
A “piada” foi “comeria ela e o bebê” ou algo parecido que ele fez num momento de empolgação, assim como nós de vez em quando fazemos numa roda de amigos. O problema desta “piada” está na conotação pedófila que pode abranger – até porque o marido de Wanessa deve “comê-la juntamente com o bebê”, a não ser que depois de ter engravidado não tenham mais feito sexo.
O mais grave disto tudo foi a reação do marido de Wanessa que ameaçou tirar os anúncios do programa CQC, isto não é uma forma de censura? Pois o argumento para tirar os anúncios não está relacionado com a imagem dos produtos e a do Rafinha e sim porque o senhor dono da agência (marido de Wanessa) se sentiu ofendido com o caso.
Como consta em medições de audiência, com a saída de Rafinha do programa, este ficou em quinto lugar, o que não é de costume para ele.
Vou concluir insistindo em dois pontos:
Um: que o Rafinha Bastos é um idiota que acredita estar arrasando com suas piadas preconceituosas e excludentes. Outra é que a ideologia e não a pessoa que deve ser combatida, já que o preconceito e a exclusão a quem é diferente faz parte do ser humano e esse sentimento pode e deve ser transformado aos poucos.
ps.: Este texto foi postado no dia 17/09/2011 no Mike Łٳ†€rά†μى. Porém tem algumas questões sobre o tema deste texto que tive que repensar, e isso é assunto pra outro texto...

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