Então foi-se o natal, aquela que dizem ser a festa
cristã, mas que não é exatamente, enfim, isto não importa.
Nesta data ainda não decidi se a hipocrisia amorosa
se amplia ou simplesmente se destaca, explico, ou não:
Nesta data temos aqueles abraços, desejos de amor universal,
blás-blás-blás, mas não se perde a oportunidade daquelas alfinetadas cotidianas
que só quem vive em sociedade, seja em família, seja no trabalho ou no clube, e
nos etc., sabe dar. Aquelas indiretas que “fazemos”, e coloquei entre aspas
prum motivo de universalização do termo, só isso, pra denegrir ou ofender outra
pessoa.
Mudando de assunto, porém não muito, aliás, talvez
não esteja mudando nem um pouco, foi uma coisa que me chamou a atenção este
ano: a atitude de meu sobrinho-neto de pouco mais de um ano, é já sou um tio-avô,
em relação aos pressentes. Já é batido o assunto do verdadeiro espírito natalino,
o consumismo através da troca obrigatória de presentes, então não vou entrar no
mérito da questão. O que foi legal mesmo constituiu no fato de sempre que
alguém entregava-lhe um presente ele não tava nem aí pra ele. Ele ignorava
total.
A alegria dele era chutar alguma coisa, correr pela
varanda e etc. Ainda quando o presente estava aberto ele até ficava curioso,
mas logo perdia a graça, pois não parecia muito útil pra ele no momento, então
ele tentava se desvencilhar do rito presentístico pra correr e chutar algo.
Por que estou falando disto?
Porque ele ainda não foi totalmente contaminado com
nossa ideologia cosumo-natalina, não sei se isto prova, mas mostra que este ímpeto
consumista nos é vendido por algo ou alguém, ou ainda uma mistura dos dois, uma
espécie de algoguém.
Um beijo do Magro, fui...