Devo explicar este título: fui ver a intervenção dos
formandos do Barão de Mauá de 2012 na Praça XV de Ribeirão Preto, e o que mais
me marcou não foi a qualidade, que vem aumentando aos grupos de minha cidade,
mas a obviedade ignorada aos olhos governamentais
Quem acompanha minhas observações, sabe que nestes
textos não faço crítica e nem tento defender uma ideia, apenas observo, olho e
digo minhas impressões e tento na mais possível humildade expor algo que talvez
uma parte dos leitores não pararam para pensar (e eu que o faço muito, por
motivos mil, pensei, nada de mais e nada de menos. Por que este parêntese? Talvez
eu o retire... em todo caso se alguém souber o porquê o coloquei me avise).
Vamos parar de enrolar e vamos ao que interessa:
Eu fui ver a intervenção porque sabia que iria
acontecer, assim como uma meia dúzia de pessoas en la plaza, porém a magia do teatro se fez ao me reparar com as
pessoas em volta olhando, intrigadas e sorridentes a cada cena , a cada fala, a
cada ação, pessoas que pela praça andavam, saindo do trabalho, escola ou
simplesmente pessoas que por motivos aquém de minha sapiência estavam lá.
Algumas deixaram de “pegar” seus ônibus, seus carros,
seus moto taxi, (pela nova regra de ortografia não sei se esta palavra é hifenizada
(palavrinha feia esta, né)? Tô com preguiça de olhar), enfim, chegar mais cedo
em casa e descansar, para ver TEATRO.
Isto demonstra algo tão óbvio, as pessoas, as mais
comuns, são muito carentes de boas artes (não é carente no sentido
sensacionalista do termo, e sim no sentido não “ter”), a reação delas demonstrou,
por que então nossos governantes não veem esta obviedade? Bem, por uma outra
questão óbvia, mas não preciso dar a resposta a você meu leitor, sabe qualé.
Enfim, uma moça que vinha passando, com duas sacolas
de supermercado nas mãos, viu a intervenção, e mesmo, com o aparente peso que carregava,
foi acompanhado por toda a praça cada movimento, cada cena..... Quase ao final da
intervenção, um senhor que estava com uma latinha na mão, que juro não saber do
que era, mas se fosse de cerveja seria bem mais legal, cantou o último verso do
Hino de Ribeirão Preto junto com o ator.
Para finalizar de vez o minha observação gostaria de
pedir a cada um que me lê que pelo menos uma vez por mês, mesmo que for pra
ficar sem uma garrafa de cerveja ou de um doce ou sei lá o quê, que vá a um
evento artístico-cultural de qualidade, vai valer a pena, posso lhe garantir.
Um beijo do Magro, fui...
Ps.: quero parabenizar os atores e
organizadores tanto do curso do Barão de Mauá quanto do Ribeirão em Cena, que
nos últimos anos vem evoluindo cada vez mais seus espetáculos, Ribeirão ainda
está na infância teatral, mas sei que com muito trabalho chegaremos à
maturidade com muita qualidade.